AS POLÍCIAS MILITARES NO CONTEXTO DA PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

Autores

Resumo

A atuação das instituições públicas, notadamente as vinculadas à segurança pública, deve guardar estrita observância às normas constitucionais, com destaque àquelas que constituem os princípios fundamentais da República, em específico àqueles relacionados ao respeito, à proteção e à promoção dos direitos humanos, o que garante a legitimidade das ações estatais. Uma revisão bibliográfica confrontada com exemplo prático permite concluir que há um hiato entre o avanço científico presente nessa seara e a prática, havendo muito a ser aperfeiçoado no que tange à estrita vinculação das instituições que têm como dever constitucional a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio aos direitos humanos, ainda que haja política pública diretamente direcionada a este desiderato.

Biografia do Autor

Marcelo Ferreira Ribas, UNIFEBE

Doutora em Engenharia Química

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer – o poder soberano e a vida nua I. Belo Horizonte: UFMG, 2007.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

BAUMAN, Zygmunt. Cegueira moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

BITTAR, Eduardo Carlos Bianca; DE ALMEIDA, Guilherme Assis. Curso de filosofia do direito. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2005.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF. em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em: 30 set. 2020.

BRASIL. Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018. Disciplina a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública. Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/L13675.htm. Acesso em: 30 set. 2020.

BRITO, Carlos Ayres. Líder do governo falou em “país ingovernável”. Entrevista concedida a César Tralli. Globonews, em 26 Out. 2020, disponível em: https://g1.globo.com/globonews/jornal-globonews-edicao-das-18/video/ingovernabilidade-esta-em-governar-o-pais-de-costas-para-constituicao-diz-ayres-britto-8971801.ghtml. Acesso em: 1º nov. 20.

CARVALHO FILHO, José dos Santos; Manual de direito administrativo. 21. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.

CUNHA JÚNIOR, Dirley da, Curso de direito constitucional. 4. ed. Salvador: Juspodvm, 2010.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.

FERREIRA FILHO, Otávio Manoel. Manifestação de desabafo. Rádio Cidade, Brusque, 9 Out. 2020. Disponível em: https://rc.am.br/homes/page_noticia/id_62216/titulo_oab-cobra-responsabiliza-ccedil-atilde-o-de-comandante-da-pm-sobre-manifesto/. Acesso em: 24 out. 2020.

GRAU, Eros Roberto; A ordem econômica na constituição de 1988. 14. ed. São Paulo: Malheiros, 2010.

HOFFMANN, Ricardo Vianna; MUNHOZ, Renato. Nota pública sobre a manifestação de desabafo. Rádio Cidade, Brusque, 9 Out. 2020. Disponível em: https://rc.am.br/homes/page_noticia/id_62216/titulo_oab-cobra-responsabiliza-ccedil-atilde-o-de-comandante-da-pm-sobre-manifesto/, acesso em 24 out. 2020.

KANT, Immanuel. O que é o esclarecimento? Crítica, nov. 2005. Disponível em: https://criticanarede.com/fil_iluminismo.html. Acesso em: 25 nov. 2020.

MENDES, Antonio Celso. Diálogos com a filosofia. 2. ed. Curitiba: JM Editora, 2000.

Ministério da Justiça e Segurança Pública. Matriz curricular nacional. Disponível em:https://www.justica.gov.br/central-de-conteudo/seguranca-publica/livros/matriz-curricular-nacional_versao-final_2014.pdf, p. 21. Acesso em: 26 out. 2020.

Ministério da Justiça e Segurança Pública. Plano e política nacional de segurança pública e defesa social, 2018. Disponível em: https://www.novo.justica.gov.br/sua-seguranca-2/seguranca-publica/plano-e-politica-nacional-de-seguranca-publica-e-defesa-social.pdf/view. Acesso em: 25 out. 2020.

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Nota à imprensa: sentença da corte interamericana de direitos humanos no caso herzog. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2018/julho/nota-a-imprensa-sentenca-da-corte-interamericana-de-direitos-humanos-no-caso-herzog. Acesso em: 1º dez. 2020.

MORAES, Alexandre de; Direito constitucional. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

PESSINI, Leo. As origens da bioética: do credo bioético de Potter ao imperativo bioético de Fritz Jahr. Revista bioética, São Paulo, v. 21, n. 01, p. 9-19, 2013. Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/784. Acesso em: 20 nov. 2020.

SABADELL, Ana Lucia; Manual de sociologia jurídica. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.

SANTIN, Valter Foleto; Controle judicial da segurança pública: eficiência do serviço na prevenção e repressão do crime. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.

SANTOS, Boaventura de Souza. O direito dos oprimidos: sociologia crítica do direito, parte 1. São Paulo: Cortez, 2014.

SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel; Curso de direito constitucional. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2019.

SILVA, José Afonso da; Curso de direito constitucional positivo. 30. ed. São Paulo: Malheiros, 2008.

ZAFFARONI, Eugênio Raúl; PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito penal brasileiro, volume 1, 7. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007.

Downloads

Publicado

2021-12-20

Edição

Seção

Artigos