ANÁLISE DE PERFIL DE DISSOLUÇÃO DE CÁPSULAS GASTRO-RESISTENTE UTILIZANDO POLÍMEROS INDUSTRIAIS COM APLICAÇÃO EM FARMÁCIAS MAGISTRAIS

Autores

  • Karla Bortolini UNIARP
  • Talize Foppa UFSC
  • Hellen Karine Stulzer UFSC
  • Manoela Klüppel Riekes UEPG

Palavras-chave:

Gastro-resistência. Acetoftalato de cellulose. Rheapol® L100.

Resumo

Existem medicamentos que para a totalidade de sua ação, precisam ser gastro-resistentes, ou seja, resistir ao meio ácido do estômago e desintegrar-se somente no suco intestinal. Os métodos e formulações para o revestimento de cápsulas no setor magistral é um assunto pouco estudado. Nesse sentido, o trabalho teve como objetivo desenvolver formulações gastro-resistentes para cápsulas em escala magistral, contendo os polímeros industriais acetoftalato de celulose e Rheapol® L100, sendo o último um copolímero derivado do ácido metacrílico tipo A. Utilizou-se o atenolol como fármaco teste. Para isso, os métodos do béquer, imersão e vaporização foram utilizadas segundo a metodologia proposta por Podczeck & Jones (2004), Prista et. al (2003), e Allen (2002), respectivamente. O doseamento do fármaco foi realizado por espectroscopia na região do ultravioleta, utilizando os testes de dissolução in vitro como ferramenta básica de avaliação da performance das mesmas. Os métodos do béquer e imersão demonstraram bons resultados. As cápsulas revestidas com acetoftalato de celulose demonstraram gastro-resistência, porém, não atingiram os valores preconizados pela farmacopéia em relação a porcentagem dissolvida em meio básico nos testes in vitro, entretanto, sugere-se que as cápsulas poderiam apresentar características de liberação controlada. Já as cápsulas revestidas com Rheapol®, demonstraram gastro-resistência, contudo, não desintegraram em meio entérico, indicando que a formulação necessita de reajustes. Dessa forma, constatou-se que existem métodos simples que podem ser utilizados farmácias magistrais; e que os polímeros industriais podem ser utilizados, mantendo-se a eficácia, todavia ainda necessita-se de estudos complementares para chegar a uma formulação final com resultados adequados.

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Publicado

2013-12-16

Edição

Seção

Artigos