TRANSGERACIONALIDADE E PROCESSO DE DIFERENCIAÇÃO DE SELF

UMA PERSPECTIVA SISTÊMICA DO FILME “VIVA: A VIDA É UMA FESTA”

Autores

  • Andreia Martins
  • Tuany Santana

Resumo

As relações humanas envolvem o equilíbrio entre duas forças antagônicas: a diferenciação e o pertencimento, sendo que a diferenciação desempenha um papel crucial na saúde das pessoas. Nesse sentido, os elementos transgeracionais conectam ao sentimento de pertencer e quando internalizados, sem um processo de elaboração pessoal, podem obstaculizar a capacidade do sujeito de se diferenciar e desenvolver a própria autonomia, tornando-o vulnerável ao adoecimento. O presente estudo tem a finalidade de investigar como a transgeracionalidade familiar pode interferir no processo de diferenciação de self, adotando uma perspectiva Sistêmica e pautada na teoria de Murray Bowen. Para tal propósito, realizou-se uma análise documental do filme "Viva: A Vida é uma Festa", que retrata a história de Miguel e sua família: os Rivera. Os objetivos específicos compreendem descrever o processo de diferenciação de self do protagonista e também os comportamentos dos membros da família que correspondem a aspectos transgeracionais; aprofundar o conceito de corte emocional como forma de lidar com a indiferenciação; e verificar as inter-relações de tais conceitos teóricos. A partir da análise do referido filme, percebe-se que o protagonista diferencia seu self à medida que questiona e se posiciona em relação a elementos transgeracionais transmitidos pelo do sistema familiar, caminhando rumo à própria realização e autonomia e encontrando seu equilíbrio entre tais forças, o que permite níveis mais elevados de satisfação pessoal e saúde, tanto psicológica, como relacional.

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Publicado

2024-12-18