O uso do texto como unidade de Ensino: um estudo de caso em escola no munícipio de São Carlos

Resumo

Os índices de repetência e de evasão escolar no Brasil resultam principalmente da dificuldade que a escola tem em ensinar a ler e a escrever. Estas evidências do fracasso escolar apontam para a necessidade de reestruturação do ensino da Língua Portuguesa, com o objetivo de encontrar formas que garantam, de fato, a aprendizagem da leitura e da escrita e atendam a uma nova realidade social, que coloca novas demandas e necessidades aos indivíduos, tornando anacrônicos os métodos e conceitos tradicionais. Para tanto, realizou-se na EMEI Carmelita Rocha Ramalho, durante o ano de 2001, uma pesquisa envolvendo professores que optaram pela alfabetização através da silabação e professores que preferiram utilizar o texto como unidade de ensino. Foram selecionadas crianças com 6 anos completos e que se encontravam na fase pré-silábica de alfabetização. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados entrevistas com os professores, observações das práticas pedagógicas em salas de aula e aplicações de atividades junto aos alunos, para a análise do desenvolvimento do processo de linguagem dos mesmos. Pela análise dos dados, conclui-se que os alunos que são alfabetizados através de textos, desenvolvem com maior eficiência as competências para conquistarem o uso desejável e eficaz da linguagem. Acredita-se que este estudo deva ter continuidade, devido à relevância do tema e a riqueza dos dados coletados.